Escolher o melhor regime tributário para e-commerce é uma das decisões mais estratégicas para quem vende online. Muitos empreendedores digitais começam suas atividades no Simples Nacional e-commerce, mas com o crescimento do negócio, surgem dúvidas: será que esse ainda é o regime mais vantajoso? Ou chegou a hora de migrar para o Lucro Presumido?
Neste artigo, vamos apresentar as diferenças entre os dois modelos, suas vantagens e desvantagens, e como tomar a melhor decisão com base no porte da sua loja virtual, tipo de produto vendido e faturamento.
Por que o regime tributário importa no e-commerce?

O regime tributário e-commerce define como os impostos são calculados e pagos. Uma escolha errada pode gerar pagamento a mais de tributos ou, pior, problemas com o fisco.
É comum que negócios digitais, especialmente marketplaces, infoprodutores ou lojas de nicho, comecem pelo Simples Nacional e-commerce, pela praticidade e menor carga tributária inicial. No entanto, ao ultrapassar determinados limites de faturamento ou ter altos custos operacionais, o Lucro Presumido pode se tornar uma alternativa mais eficiente.
Entenda os principais regimes: Simples Nacional e Lucro Presumido
Simples Nacional para e-commerce
Indicado para microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), o Simples Nacional e-commerce unifica oito tributos em uma guia única (DAS), simplificando a rotina fiscal.
Entre os impostos incluídos estão:
- IRPJ
- CSLL
- PIS
- COFINS
- ICMS
- INSS patronal (em alguns casos)
A alíquota varia conforme o faturamento e o anexo em que a atividade se enquadra — no caso de comércio, geralmente o Anexo I.
Lucro Presumido para e-commerce
O regime tributário e-commerce pelo Lucro Presumido é mais indicado para empresas que já atingiram certo porte, possuem margens de lucro mais apertadas ou vendem produtos com baixo ICMS.
Nesse regime, o imposto é calculado com base em uma margem presumida de lucro (8% para comércio) — independentemente do lucro real da empresa.
Os principais tributos são:
- IRPJ (15% sobre lucro presumido)
- CSLL (9%)
- PIS e COFINS (cumulativos)
- ICMS (se houver vendas interestaduais)
- ISS (para serviços)
Comparativo entre Simples Nacional e-commerce e Lucro Presumido
Critério | Simples Nacional e-commerce | Lucro Presumido |
Limite de faturamento anual | Até R$ 4,8 milhões | Acima de R$ 4,8 milhões |
Forma de apuração | Percentual fixo sobre receita bruta | Margem presumida sobre receita bruta |
Custo com contador | Menor | Maior |
Alíquotas | De 4% a 11,61% (Anexo I) | 13,33% a 16,33% (varia conforme atividade) |
Obrigações acessórias | Mais simples | Mais complexas |
Carga tributária total | Reduzida em negócios pequenos | Pode ser mais vantajosa para margens baixas |
Tributação sobre folha | INSS patronal incluso | INSS pago separadamente |
Quando o Lucro Presumido é mais vantajoso?
Apesar do Simples Nacional e-commerce parecer mais atrativo no início, o Lucro Presumido pode ser mais vantajoso nos seguintes casos:
- Alta margem de lucro;
- Vendas com isenção de ICMS (como produtos digitais);
- Faturamento muito próximo de R$ 4,8 milhões por ano;
- Operações com poucas despesas operacionais;
- Possibilidade de compensar créditos de PIS e COFINS cumulativos.
Sinais de que é hora de rever o regime tributário e-commerce
Se você nota que o valor mensal da DAS está muito alto ou que não está conseguindo aproveitar incentivos fiscais, pode ser o momento ideal para reavaliar o regime.
Veja outros sinais:
- Crescimento acelerado do faturamento;
- Entrada de novos sócios ou investidores;
- Expansão para outros estados;
- Operações no exterior ou com dropshipping;
- Custos elevados com logística e operação.
Nesses casos, uma análise de viabilidade tributária com apoio contábil especializado é fundamental.
Como fazer a escolha certa?
Para escolher entre o Simples Nacional e-commerce e o Lucro Presumido, é necessário analisar os seguintes fatores:
- Faturamento atual e projeções;
- Margem de lucro líquida;
- Tipo de produto vendido (se gera ICMS ou não);
- Estrutura operacional (folha, custos fixos, logística);
- Localização dos clientes (interestadual ou não);
- Custo-benefício de obrigações acessórias.
Muitas vezes, uma simulação comparativa ajuda a entender qual o peso tributário real de cada regime na operação.
Exemplo prático de simulação tributária
Cenário | Simples Nacional | Lucro Presumido |
Receita mensal | R$ 250.000 | R$ 250.000 |
Alíquota efetiva | 6,12% | 13,33% |
Total de tributos (mês) | R$ 15.300 | R$ 33.325 |
Custo de folha | R$ 30.000 (INSS incluso) | R$ 30.000 (+ INSS) |
Obrigações acessórias | DAS, DEFIS | DCTF, SPED, ECD, ECF |
Obs: valores aproximados e meramente ilustrativos. A análise real depende do CNAE, tipo de produto e carga tributária estadual.
A importância da contabilidade especializada em e-commerce
Um contador com experiência no setor digital conhece os detalhes do regime tributário e-commerce, incluindo oportunidades legais para redução de carga tributária e planejamento fiscal.
Além disso, esse profissional é capaz de:
- Definir o melhor regime para o seu modelo de negócio;
- Identificar regimes especiais por estado;
- Acompanhar as obrigações acessórias exigidas pela Receita Federal e estaduais;
- Realizar simulações antes da migração tributária;
- Garantir segurança jurídica nas decisões fiscais.
Conclusão
O Simples Nacional e-commerce é excelente para quem está começando. Mas à medida que o negócio cresce, o regime tributário e-commerce ideal pode mudar. Ignorar isso pode significar pagar mais impostos do que o necessário, ou até correr riscos legais.
Contar com o apoio de uma contabilidade experiente e focada no universo digital é a melhor forma de garantir tranquilidade, economia e crescimento sustentável.
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