Empreender no comércio online é uma excelente oportunidade, mas exige atenção às obrigações fiscais. Entender quais são os impostos para e-commerce é fundamental para manter o negócio regularizado e evitar surpresas desagradáveis com o fisco.
Neste guia prático, você vai descobrir quais são os tributos que incidem sobre as lojas virtuais, como escolher o regime tributário mais adequado e dicas para pagar menos impostos de forma legal em 2025.
Entenda a tributação do e-commerce no Brasil

O crescimento do comércio eletrônico trouxe mais atenção da Receita Federal e das Secretarias de Fazenda.
As vendas online são tratadas, do ponto de vista fiscal, como qualquer operação comercial: vender um produto físico ou digital gera incidência de impostos.
A diferença está na forma como esses tributos são apurados, dependendo do porte da empresa, regime tributário, local de venda e destino dos produtos.
Por isso, conhecer bem os impostos para e-commerce é essencial para tomar decisões estratégicas no negócio.
Quais são os principais impostos para e-commerce?
Se você possui uma loja virtual, precisa se preocupar com os seguintes impostos:
Federais
- IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica)
- CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido)
- PIS (Programa de Integração Social)
- COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social)
- IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) — aplicável se houver industrialização
Estaduais
- ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) — incide na venda de produtos físicos, com destaque para operações interestaduais.
Municipais
- ISS (Imposto Sobre Serviços) — aplicável se sua loja também presta serviços, como treinamentos, cursos online ou consultorias.
Regimes tributários disponíveis para e-commerce
A escolha do regime tributário impacta diretamente nos impostos para e-commerce. Veja os três principais:
Simples Nacional
- Indicado para pequenas empresas (faturamento até R$ 4,8 milhões/ano).
- Unifica os impostos federais, estaduais e municipais em uma guia única (DAS).
- O ICMS tem uma alíquota variável de acordo com o faturamento e o estado.
Lucro Presumido
- Indicado para empresas que faturam até R$ 78 milhões/ano.
- Os impostos são calculados com base em uma margem de lucro presumida, independentemente do lucro real.
- ICMS é calculado separadamente, conforme a legislação estadual.
Lucro Real
- Obrigatório para empresas acima de R$ 78 milhões/ano ou para atividades específicas.
- Os impostos incidem sobre o lucro efetivo.
- Exige uma contabilidade mais robusta e detalhada.
Tabela: Comparativo dos impostos para e-commerce em cada regime
Imposto | Simples Nacional | Lucro Presumido | Lucro Real |
ICMS | Incluso no DAS (varia por estado) | Apurado e pago separadamente | Apurado e pago separadamente |
PIS/COFINS | Incluso no DAS | 3,65% (cumulativo) | 9,25% (não cumulativo) |
IRPJ | Incluso no DAS | 1,2% sobre receita + adicional | 15% sobre lucro + 10% adicional |
CSLL | Incluso no DAS | 1,08% sobre receita | 9% sobre lucro |
ISS (se houver serviço) | Incluso no DAS | 2% a 5% (conforme município) | 2% a 5% (conforme município) |
IPI (se aplicável) | Não se aplica | Se houver industrialização | Se houver industrialização |
ICMS no e-commerce: atenção redobrada
O ICMS é um dos impostos para e-commerce que exige mais atenção, principalmente quando há vendas interestaduais.
Desde 2022, com o fim da partilha do DIFAL para o Simples Nacional, as empresas do Simples passaram a recolher o ICMS apenas para o estado de origem.
Já no Lucro Presumido e no Lucro Real, o ICMS deve ser apurado considerando as operações interestaduais e o destino do consumidor final.
Outros custos e obrigações fiscais
Além dos impostos para e-commerce, o empreendedor deve se atentar para:
- Emissão de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e): obrigatória na venda de produtos físicos.
- Nota Fiscal de Serviço (NFS-e): se houver prestação de serviços digitais.
- Obrigações acessórias: SPED Fiscal, SPED Contribuições, DCTF, DEFIS, entre outras.
- Contribuições Previdenciárias: se tiver funcionários.
Como escolher o regime tributário ideal para seu e-commerce?
Escolher o regime certo depende de:
- Faturamento anual
- Margem de lucro
- Estados de venda e volume de operações interestaduais
- Se há serviços agregados aos produtos
Em geral:
- Pequenos negócios optam pelo Simples Nacional, pela facilidade operacional.
- Empresas com alta margem de lucro ou baixo custo operacional podem se beneficiar do Lucro Presumido.
- Empresas com margens apertadas ou que desejam planejamento tributário mais sofisticado tendem a ir para o Lucro Real.
Dicas para pagar menos impostos no e-commerce
- Planejamento tributário anual
- Classificação correta dos produtos (NCM) para evitar cobrança errada de ICMS
- Aproveitamento de créditos de PIS, COFINS e ICMS, no Lucro Real
- Análise periódica da carga tributária
- Automatização dos processos fiscais com ERP e sistemas integrados
Por que contar com uma contabilidade especializada em e-commerce?
Gerenciar os impostos para e-commerce não é simples. Um erro pode gerar multas, juros e até bloqueio das operações. Por isso, contar com uma contabilidade especializada faz toda a diferença.
A EDM oferece serviços completos para negócios digitais, ajudando desde a abertura de empresa até o planejamento tributário personalizado.
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Conclusão
Entender os impostos para e-commerce é essencial para manter seu negócio em dia com o fisco e garantir uma operação saudável em 2025.
Se você deseja crescer de forma segura, pagar apenas o necessário e evitar problemas com a Receita, fale com a EDM. Nossa equipe está pronta para ajudar seu e-commerce a prosperar!
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